terça-feira, 19 de abril de 2011

Política, a 13ª Arte

Rubens Furtado, assesor do prefeito, anotando os nomes das pessoas para atendimento.
A obra e o artesão:

Ainda ontem eu discutia com meu pai sobre quantas formas de arte existem. Com uma revista na mão ele lia para mim um artigo que contava que o cinema foi considerado a sétima arte pelos franceses e que eles tinham deixado de fora outras expressões para dar às telonas um número místico na contagem. Fomos conferir, então, as manifestações que conhecíamos: música, dança, pintura, escultura, arquitetura, poesia e cinema, que são as citadas como oficiais pela contagem francesa, a revista falava ainda em fotografia e quadrinhos, como formas de arte excluídas, e em outro texto encontramos a televisão. Meu pai sugeriu que a literatura poderia ser incluída nesta contagem e eu garanti que o video-game seria outra forma de exprimí-la.
Em resumo, chegamos a um total de doze formas de exprimir a arte... mas esquecemos uma... e eu percebi isso hoje... a poítica!

Existe uma definiçao que diz que "a política é a arte de agradar os presentes e os ausentes". Já  a ouvi há muitos anos e sempre tenho defendido esta como a melhor forma de explicar o embate em busca da chance de administrar o bem público. Conheci a definição, mas nunca a tinha vivenciado, por isso, não lembrei de fazer esta ressalva na discussão com meu amado genitor paterno. Isso mudou hoje, nesta manhã (19/04/2011), vivi algo na política que só posso chamar de arte!

Fomos á casa do prefeito deste município, João Carlos, na tentativa de ter uma audiência com ele antes de ele sair para prefeitura ou para os trabalhos dentro e fora da cidade, pois achávamos que ali seria mais sossegado e teríamos condições de conversarmos com mais calma. Ledo engano, ao chegarmos vimos logo uma multidão na porta da casa, coisa comum, sempre que passamos por lá vemos cena parecida, porém hoje era diferente. Logo veio ao portão o Rubens, assessor do prefeito, anunciar que ele receberia as pessoas alí, na casa dele.

A galera aguardando o atendimento, a gata sorridente é minha mamuzka...
Bom, além do fato já pouco comum, de um prefeito abrir a porta da própria casa para a populção, os acontecimentos que se seguiram foram de uma beleza plástica fantástica. As pessoas foram recebidas com um café de manhã que tinha até pão com queijo, teve mais um lanche com refrigerante e, até a hora que ficamos lá, teve almoço... Também pudemos ver um prefeito que está se esforçando para estar mais próximo da população. João Carlos, no intervalo de nossa visita, veio ao público diversas vezes para deixar mensagens que aplacassem a ansiedade da espera. Havia um pouco de demora, pois ele estava atendendo mais de cem pessoas, sem deixar de administrar simultaneamente o Município, despachando com seus assessores e secretários.

Na primeira aparição ele explicou que iria passar a atender as pessoas em casa por achar que o prédio da prefeitura não suportaria um contingente tão grande: "(...) é um prédio muito velho e mal estruturado, pode acontecer um acidente (...)". Noutra veio pedir calma e pressa, ao mesmo tempo: "Eu sei que cada um tem sua necessidade, mas quero lembrar que lá dentro tem um ser humano e aquí fora tem muitas pessoas esperando, todos vamos ficar cansados... temos que falar o mais rápido possível...".

O prefeito conversando com a população, sorrindo, deixando o povo feliz!
Depois veio e pediu para dar prioridade às pessoas que vieram dos interiores, de acordo com a distância da sede, nesta aparição contou uma piada (ou "causo"), para explicar e tentar conter a disputa de quem veio mais de longe... resolveu... saímos logo em seguida.

Após os fatos narrados, voltamos pra casa e eu estava pensando em como esrever sobre o assunto para o jornal, pensei se era relevante o bastante e se não soaria como tendencioso.  Daí lembrei da discussão com o papai, e do número sete, considerado místico, que foi dado ao cinema, conferi as formas de arte que nós havíamos listado. Totalizaram doze. Pensei em outro número com valor simbólico: 13. Matutei para achar mais uma expessão artística... lembrei da manhã de hoje e... bingo! Cheguei à conclusão: a política...
Depois desta manhã, de 19/04/2011, só posso definir política com esta expresão: A política é a décima terceira arte!

João Carlos, amigo, merde!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Barcarena/Babel




Duas perguntas: Deixaram a menininha falar?
Onde estava a imprensa quando inauguraram o novo hospital?
   Ouçam bem:

Antes de haver a Babilônia, havia Babel... foi ali que as confusões começaram...
O Rei Ninrode, que era um rebelado contra Deus, propôs a construção de uma torre que chegasse aos Céus...
Para evitar que o homem conseguisse realizar tal façanha, Deus confundiu a língua dos homens. Daí surgiram os vários idiomas...

- E Barcarena?

Pensem bem:

Barcarena enfrenta agora a greve dos profes... ops! "Profissionais" - que são aqueles que trabalham por uma remuneração. Professor é aquele que tem o dom e a vontade de ensinar - da educação... Por causa do PCCR... detalhe, Barcarena paga o piso de aproximadamente mil e quatrocentos reais, maior que o nacional, que é de um pouco menos de mil e duzentos... o Tribunal de Justiça, no qual trabalho, aprovou o PCCR em 2008 e ainda não terminou de implantá-lo... confusão...
O Brasil tem que importar engenheiros, pois aqui está em falta... Tem alguém querendo construir uma torre que chegue até os Céus por aqui?
Por que parece que querem impedir a construção dela, afinal, com greve, não surgirão engenheiros... além do que, não sei se vocês já perceberam, mas as crianças falam uma língua diferente... Elas aprendem a falar nossa língua indo pras escolas...

- Moral da história?

Não seria mal:

Se os professores de Babel tivessem feito greve - deviam existir professores, muito bem remunerados, com sal, é claro, que ensinaram técnicas de construção para os babelenses -, não haveriam pessoas com capacidade para construir coisas naquele momento... Vocês sabem: Cada obra tem sua hora!
Resultado: todo mundo falaria a mesma língua, ninguém estudaria matemática, imagine física...
Aí, pra ficar grunindo, ninguém contrata professor... Fim da Greve!!!